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Livro OS HOMENS A CAVALO (Álvaro Nascimento)

Em 15 de dezembro de 2014, a Benvinda Editora lança mais um livro!

Título: OS HOMENS A CAVALO

Autor: Álvaro Nascimento

160 páginas

ISBN: 978-8567515

Valor: R$30,00

Local do lançamento: Bar Ernesto ( Largo da Lapa, 41 Rio de Janeiro)

Apresentação do livro feita por Chico Alencar:

Dez contos, cem personagens, milhares de viagens

Este primeiro livro de contos do Álvaro poderia ser representado como um belo mosaico. Daqueles em que a diversidade das peças compõe um todo atraente e fascinante. Ou como um poliedro, a figura geométrica que, dia desses, o papa Francisco, falando para líderes de movimentos populares, disse ser sua predileta: "Confluência de particularidades, onde nada se dissolve, nada domina, tudo se integra". Sendo - felizmente! - desnecessário qualquer nihil obstat ou benção apostólica para este livro, vale dizer que Os homens a cavalo bateu em mim como abençoado, como vitral multicor, como retrato da vida.

Nessas páginas iluminadas você vai encontrar história, imediata e longínqua. Aqui falam nossas raízes (da resistência indígena) e sangram nossas cicatrizes (da ditadura). Aqui reverbera nossa infância, de peladas e abacateiros, e nossa inquieta maturidade. Aqui há nosso medo e nossa ânsia de amar. Aqui há humor e dor, alegria e nostalgia, perdas e ganhos. Aqui até 'seresteiro, poeta e cantor' falece, mas, pelo mistério da arte, ressuscita! Quem se entregar à leitura desses contos do Álvaro vai se deliciar. Eles são meticulosamente escritos, mas o capricho não aprisiona os personagens: é impossível você não se identificar com muitos deles, caminhar com eles, rir das suas trapalhadas, sofrer com suas angústias.

Faço uma confissão: sabia que o Álvaro escrevia bem e era aplicadíssimo em colocar no papel suas pesquisas, resultados de seu ofício no campo da saúde pública. Mas quando ele me falou dos contos, das veredas da literatura (vale dizer, da fantasia, este outro lado do real) que trilhou no último ano, fiquei cabreiro. Será que saiu coisa boa? Não, não saiu coisa boa, saiu esta obra ótima! Vieram estes contos maravilhosos, instigantes, fascinantes. A Fiocruz deixou de ter um grande pesquisador, mas a literatura brasileira está ganhando um luminoso contista. Com toda a pinta de que pode estar sendo gestado também um grande romancista.

Pensando bem, eu não devia sequer cogitar essa oposição entre o profissional da saúde pública e o escritor. Bastaria me lembrar do João Guimarães Rosa, que foi médico. Nos espaços vazios de seu livro de contos Sagarana, o mineiro que via no sertão o mundo inteiro escreveu: "Eu amo a nossa língua. Não como a mãe severa, mas como a bela amante e companheira". O Dr. Álvaro Nascimento também. E desse amor incandescente nasceram os variados personagens das dez histórias, para que nós, leitores e herdeiros dessa criação múltipla e rica, possamos desfrutar. Aproveitem, calvaguem e se deleitem!

Chico Alencar é professor de História, escritor e deputado federal - PSOL/RJ.


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