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Vozes do silêncio


Pablo Picasso dizia ter horror às pessoas que falam do belo, pois que na pintura deve-se falar de problemas, e quadros não são mais que pesquisa e experimentação. “Nunca pinto um quadro como uma obra de arte. Todos são pesquisas. Pesquiso incessantemente e em toda essa procura contínua está um desenvoPablo Picasso dizia ter horror às pessoas que falam do belo, pois que na pintura deve-se falar de problemas, e quadros não são mais que pesquisa e experimentação. “Nunca pinto um quadro como uma obra de arte. Todos são pesquisas. Pesquiso incessantemente e em toda essa procura contínua está um desenvolvimento lógico”. É esse mesmo espírito que anima Vozes do Silêncio, primeira coletânea de meus poemas. Recheado com as mais diversas referências, que vão desde o Amor e a Arte, passando pela Política, a Filosofia, a Ciência e a Religião, o livro converge para o questionamento dos limites entre as coisas através das palavras, explorando o limiar entre o autor e a obra, o dizível e o indizível, o sagrado e o profano, o concreto e o abstrato, e entre quaisquer oposições que se pretendam distintas entre si. Vozes do Silêncio se situa na fronteira entre temas duros – como física quântica e epistemologia – e uma escrita simples, por vezes ingênua, a qual lhes dá uma leveza poética comparável à das flutuantes rochas de René Magritte. Assim, convida o leitor não apenas a apreciar a estética (“bela” ou não) contida nos poemas, mas principalmente a refletir sobre o sentimento do mundo – justamente no ponto em que ele se confunde com o pensamento.


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